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Confidências de uma tocadora de piano

Música de fundo: tema do filme "O Piano"

quinta-feira, julho 14, 2005

Palavras renovadas...

www.cadernodemusica.blogspot.com

segunda-feira, junho 13, 2005

O Fim – um funeral íntimo


Como tantas músicas, as pautas destas confidências têm rectas que se têm vindo a findar paulatinamente.

Como tantas músicas, algumas ficarão sobrevoando eternamente os olhos ouvintes dum apenas monitor.

Como tantas músicas, sorri e entristeci, em constantes compassos repetitivos, sem encontrar uma ponte que me fizesse amar o que realmente tocava.

Como tantas músicas, as da minha prova de piano do corrente ano lectivo em término correram bem. Vera Belozorovich (russa), uma professora e acima de tudo grande amiga, com uma pedagogia incrível. Sei que para o ano já não poderei ter as regulares aulas com ela, mas sem dúvida que não vou deixar perder o contacto. Devo-lhe a nota que tirei.

Como tantas músicas, o Concertino para dois pianos de Shostakovich tanto segredado nas minhas confidências foi sem dúvida algo que, com uns anos de trabalho me foi marcando. A minha sócia Isa Antunes (actualmente de 15 anos), que vivia uma personagem límpida em céu azul ou num arco-íris, de forma tão perfeita… contrastando com o meu lado dramático…

Como tantas músicas, algumas levavam acompanhamento, e sem dúvida que acompanhei grande parte do corajoso crescimento de uma célebre violinista. “A música só tem sentido quando se dá sentido à música…” (lembraste?) ou o simples “aponta na tua partitura!! Porque só o ler já ajuda a fazer…!”. Clara Gomes, jovem violinista actualmente na casa dos 20… com tudo, sei que serás muito feliz com o Jaime… através dele todo este blog de confidências começou, fez já um ano e meio…

Como tantas músicas, algumas dão-nos regressos do que deixamos de ver, sentir, viver,… Mee, um pastor deambulante, mas um grande apoio em momento difíceis. Jamais esqueço.

Como tantas músicas, “alguém perdido” ou actualmente “persephone” foi uma assídua ouvinte das minhas palavras de tinta. Foi bom sentir que por vezes, exactamente as pessoas que não nos conhecem são as que mais se preocupavam comigo. Talvez exactamente pela razão que às vezes nos dá vontade de chegar perto de um alguém (não qualquer) mas desconhecido e simplesmente, após uma leve pergunta preocupada connosco, respondermos descaradamente que a vida é uma m**** e (…)… (tudo mais que se possa imaginar).


Minha vida saiu de todo esse lugar imundo. Encontrei um lince, o meu Lince, que, em pura associação com tantas músicas da minha vida, me trouxe de novo a música que perdera ou antes, que jamais encontrara…

Sim, sou feliz! (talvez a primeira vez que o digo desta forma, ao fim de um ano e meio de confidências… - há pior…)



Os meus agradecimentos a todos

os leitores, e carraças que me

leram e ajudaram (ou não) de

certa forma no meu caminhar

sobre cinco linhas.

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Esta será a última confidência, a última música, assim como tantas músicas...

segunda-feira, junho 06, 2005

Não há janela que me oculte
Nem inconsciente que me estime
Corremos por ruas perdidas, sabendo onde estamos mas sem o evitarmos.

Talvez ao abrirmos a caixa nos arrependêssemos.
Talvez ao abrirmos a caixa reforçar-se-mos a nossa aliança.

Apenas duas semibreves brancas e uma música doente.



(Darei sempre a minha vida por ti*)

terça-feira, abril 19, 2005

Em piano te sussurro ao ouvido,
numa explosão que inicia
um eterno concerto:
"amo-te"...

quinta-feira, abril 14, 2005

"Transcendes a vontade de amar..."

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Vivemos a intensidade de cada tecla, num intervalo de duas notas perfeito. Apenas a tua respiração me conduz, em compassos de tempos antecipados...

sexta-feira, abril 01, 2005

words in music...

Acordei assim...
(clique acima...)

Num dia de nítidas mentiras, a música não mente...
(apesar da sua fragilidade)
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Nota de autor: pequeno excerto da música Angel's Embrace dos Forgotten Suns

quarta-feira, março 30, 2005

Contratempos para 2 pianos…

Compôs para piano solo longos compassos de pautas em lágrimas. Era tempo de mudar de andamento, pensava. Estruturou, então, uma música discrepantemente imaginária, (quase) pronta a eternizar-se no papel quando, sem se aperceber, entrou outro piano em si.

[Pensamentos conturbados]

“Porque não vieste em outro tempo? Estou prestes a mudar de música, de influências e regras geográficas, perto da descoberta de um lugar fisicamente longínquo e revelas-me na simplicidade de um olhar que apenas basta ficar contigo, acrescentando-te como segundo piano logo após uma breve modulação…”

Ouviu-se dividida…
compunha algo novo sozinha (semelhante ao início da primeira),
ou enriquecia a primeira música que vivia (com um segundo piano)?
...tais eram as condições…

Aconteça o que acontecer, quero fugir das codas.
Se algo começar, começarei um algo inteiramente novo,
pensou.

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