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Confidências de uma tocadora de piano

Música de fundo: tema do filme "O Piano"

quarta-feira, março 30, 2005

Contratempos para 2 pianos…

Compôs para piano solo longos compassos de pautas em lágrimas. Era tempo de mudar de andamento, pensava. Estruturou, então, uma música discrepantemente imaginária, (quase) pronta a eternizar-se no papel quando, sem se aperceber, entrou outro piano em si.

[Pensamentos conturbados]

“Porque não vieste em outro tempo? Estou prestes a mudar de música, de influências e regras geográficas, perto da descoberta de um lugar fisicamente longínquo e revelas-me na simplicidade de um olhar que apenas basta ficar contigo, acrescentando-te como segundo piano logo após uma breve modulação…”

Ouviu-se dividida…
compunha algo novo sozinha (semelhante ao início da primeira),
ou enriquecia a primeira música que vivia (com um segundo piano)?
...tais eram as condições…

Aconteça o que acontecer, quero fugir das codas.
Se algo começar, começarei um algo inteiramente novo,
pensou.

sábado, março 26, 2005

Destinos Trocados

Estava sentado na beira do muro.
Com as duas mãos segurava uma aliança traída, fitando-a semicerradamente num passado desfocado.

Suspirou sufocadamente, como se a única realidade presente fosse a inexistência de uma vida qualquer com sentido algures repartido.

Fortemente explodiu um “Não!” e de súbito a aliança não resistiu. Uma das metades afundou-se do outro lado do muro, tropeçando dolorosamente pelo monte abaixo.

Cerrou os olhos e trancou as mãos.

Arrepiou-se então nas palavras que um céu lhe recordara:
Se saltares (deste muro), eu salto contigo”.

Abriu os braços para o lado mais fundo do muro:
Amo-vos… amo-vos as duas…




Como pode um coração amar duas pessoas
do mesmo jeito, ao mesmo tempo...?

quarta-feira, março 23, 2005

Desencontros comigo mesma

.
Escrevo o que sinto sem o sentir de verdade.
A minha verdade não me admite na realidade.
Sentimentos, se não pensamentos, em constante contraste com a (não) razão da cabeça sobre o coração.


.
A descoberta de um mundo
Em puzzles emaranhados de duas peças
Através somente de apurados sentidos opostos…

A dor, de casa habitada, arrenda pequenas meiguices necessariamente cruéis.

quinta-feira, março 17, 2005

Inexistencia sentida

O tempo não me traz novo amor, senão a melodia inconfundível duma paixão abandonada.
Restam as eternas cordas que ainda não se partiram.

Mas…
Depois de tudo, não tenho nada a provar-te... sabes q te amo.



Interrogo-me apenas...:
Quem és tu?
Existes mesmo?!

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