Sonho de uma noite...
Apalpando escada a escada, subo lentamente. Aproximo-me do banco e, hesitando um pouco, sento-me. Uma pequena luz espreita interrogada, e ilumina toda a área do piano. Estranho, mas é como se não a visse. Poiso os dedos nas teclas e, fechando os olhos, começo a criar uma harmonia sublime, que me aproxima de todo o meu mundo.
Naquele momento, só sinto a minha alma e algo obtuso...
Continuo a tocar. O silêncio que penetra aquela sala é demasiadamente inacessível e aquela acústica tão perfeita!... Minha alma se eleva.
Assim fico, tempo, tempo e tempo...
Termino o concerto falando nos meus dedos a expressão musical “morrendo” e, chegando ao fim, deixo cair minha cabeça, sem me levantar do banco. Em segundos oiço palmas escondidas, do fundo do auditório, mas a plateia está completamente escura e a luz viva brilhando para o piano encadeia meus olhos. Só vejo o preto.. O preto que a luz me faz ver...
As palmas ouvem-se por tempo indefinido, mas ninguém fala, ninguém se faz existir visualmente. Estaria eu sonhando demais?
Estava demasiado longe, pensei.
Por momentos senti-me traída.
Acordei.
Naquele palco eu estava sozinha, mas alguém acendera a luz para o piano e alguém batera palmas do fundo da plateia...
Alguém em puro silêncio...
Alguém...
Naquele momento, só sinto a minha alma e algo obtuso...
Continuo a tocar. O silêncio que penetra aquela sala é demasiadamente inacessível e aquela acústica tão perfeita!... Minha alma se eleva.
Assim fico, tempo, tempo e tempo...
Termino o concerto falando nos meus dedos a expressão musical “morrendo” e, chegando ao fim, deixo cair minha cabeça, sem me levantar do banco. Em segundos oiço palmas escondidas, do fundo do auditório, mas a plateia está completamente escura e a luz viva brilhando para o piano encadeia meus olhos. Só vejo o preto.. O preto que a luz me faz ver...
As palmas ouvem-se por tempo indefinido, mas ninguém fala, ninguém se faz existir visualmente. Estaria eu sonhando demais?
Estava demasiado longe, pensei.
Por momentos senti-me traída.
Acordei.
Naquele palco eu estava sozinha, mas alguém acendera a luz para o piano e alguém batera palmas do fundo da plateia...
Alguém em puro silêncio...
Alguém...
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