Saudade...

Tenho saudades...

Saudades de escrever... e escrever... e escrever...

Qualquer dia publico aki os meus contos antigos, akeles mais escondidos... Tenho saudades de escrever o q sentia... o que me fazia sonhar...

Agora nao sinto... e nem tempo tenho pra sonhar.
Toco piano, mas sou obrigada a trabalhar as peças, e perdi o sonho que escrevia enquanto tocava...

25 de Novembro... uma data estranha...


Como li à dias:

"Onde estás? Ainda te procuro..."

O oculto do silêncio

(Não podia não escrever hoje... é dia de Santa Cecília, a padroeira dos músicos, da música…)


Às vezes, uma música, uma melodia, uma nota…
Um simples toque numa tecla ou apenas um sonho instrumental…
O que nos adoece, o que nos faz sorrir?

Uma chama mal apagada, de uma vela não acendida.
A música quase perfeita, sem nunca ter começado.

Sinto ainda nas teclas o toque de quem nunca as tocou. O equívoco de uma traição disfarçada por esperanças.

Para quê palavras? Apenas o silêncio me basta… me sorri… me esquece.

O que o oculto me deseja não me faz desejar o oculto. Eu continuo eu, mesmo quando a pena da fraqueza me derruba.

A hora do escuro...

Deitada no chão do meu quarto, à frente do piano, pouco depois das 2 da manhã, respondi à última mensagem de telemóvel que faltava.

Foi então que espirrei repentinamente, num movimento que num impulso me sentou, prostrando-me diante de uma luz intensa que furava os buraquinhos das persianas da janela.

Procurei-a...
Ao fim de frescos segundos deparei-me com a metade de uma lua.

.
És apenas um pedaço, mas só assim já brilhas tão fortemente... nem imagino a luz que darias se a outra metade estivesse visivelmente ao teu lado... - pensei.

.

... tal como o pedaço que nos falta ...

... o que faz nos sorrir tão naturalmente ...