It's Probally Me
Há muito que não escrevo... Falta de tempo, disposição, cabeça e saúde. Claro que a lista continua...
Nestes dias que não escrevi, para além do excesso da carga horária habitual, tive testes de 2horas, trabalhos escritos e orais para apresentar, montes de ensaios e um concerto na Malaposta (Odivelas). Com tudo isto tive uma semana quase sem tocar o tal Estudo de Chopin que gosto muito e... já não consigo tocar tão rápido como conseguia a 7 dias atrás... :( nem a metade da velocidade...
Na vida de pianista, não se pode andar para trás... um pequeno passo para trás e voltamos ao poço, ao início, à essência. O problema, é que, só por uma pequena distração ou por ocasião impossivel de se continuar para a frente, temos de voltar a passar por tudo de novo: os mesmo problemas técnicos, alguns expressivos... e fazemos inesperadamente um regresso às horas de sofrimento a mancar na mesma cena...
Este concerto de 5ªfeira fez-me sofrer imenso. Não sei que tinha. Suspirava para mim com os olhos molhados. Eu não queria entrar naquele palco. Refugiei-me. Meus pés não queriam andar, mas todos, até os membros de cargo mais alto do Conservatório de Música estavam lá naquele momento, confiando inteiramente nos nossos 2 grupos onde eu tocava. Eu era indispensável, não só por ser a "tocadora de piano" mas também porque éramos um grupo, e era uma responsabilidade minha... não os podia abandonar, e assim como não era capaz de ir para o palco, também não era capaz de os deixar assim. Sacrifiquei-me e fui. Tocamos. Ao sair do palco felicitaram-nos, realmente até tinha corrido melhor que o que esperávamos, mas... saí de cabeça baixa. Senti prazer ao tocar, mas só por breves momentos, porque todo o resto tinham sido facadas, algo forte demais como a palavra "facada".
Pergunto-me se é só mais uma fase... mas se assim fôr, não será tempo demais para uma fase? À muito que sinto assim, mais precisamente desde o concerto na Escola Secundária de Camões, dia 18 de Dezembro de 2003. Nesse dia, minhas mãos tremiam de tal forma, o suficiente para não conseguirem tremer só dentro de uma tecla, mas irem para as teclas do lado, mesmo forçando a que eles (meus dedos) tocassem só aquela tecla. Eu forcei, lutei, usei a força, tentei, não desisti mas... (suspiro) Não foi o suficiente, não consegui controlar o meu nervosismo nem o meu desejo de não ir para palco.
Eu quero tanto tocar piano...
Mas quero fazê-lo para mim.
Quero falar comigo,
E encontrar notas e intervalos que me digam o que fazer,
Como continuar a viver.
Quero caminhar para a frente, seguir em frente...
Mas não consigo sozinha...
Nestes dias que não escrevi, para além do excesso da carga horária habitual, tive testes de 2horas, trabalhos escritos e orais para apresentar, montes de ensaios e um concerto na Malaposta (Odivelas). Com tudo isto tive uma semana quase sem tocar o tal Estudo de Chopin que gosto muito e... já não consigo tocar tão rápido como conseguia a 7 dias atrás... :( nem a metade da velocidade...
Na vida de pianista, não se pode andar para trás... um pequeno passo para trás e voltamos ao poço, ao início, à essência. O problema, é que, só por uma pequena distração ou por ocasião impossivel de se continuar para a frente, temos de voltar a passar por tudo de novo: os mesmo problemas técnicos, alguns expressivos... e fazemos inesperadamente um regresso às horas de sofrimento a mancar na mesma cena...
Este concerto de 5ªfeira fez-me sofrer imenso. Não sei que tinha. Suspirava para mim com os olhos molhados. Eu não queria entrar naquele palco. Refugiei-me. Meus pés não queriam andar, mas todos, até os membros de cargo mais alto do Conservatório de Música estavam lá naquele momento, confiando inteiramente nos nossos 2 grupos onde eu tocava. Eu era indispensável, não só por ser a "tocadora de piano" mas também porque éramos um grupo, e era uma responsabilidade minha... não os podia abandonar, e assim como não era capaz de ir para o palco, também não era capaz de os deixar assim. Sacrifiquei-me e fui. Tocamos. Ao sair do palco felicitaram-nos, realmente até tinha corrido melhor que o que esperávamos, mas... saí de cabeça baixa. Senti prazer ao tocar, mas só por breves momentos, porque todo o resto tinham sido facadas, algo forte demais como a palavra "facada".
Pergunto-me se é só mais uma fase... mas se assim fôr, não será tempo demais para uma fase? À muito que sinto assim, mais precisamente desde o concerto na Escola Secundária de Camões, dia 18 de Dezembro de 2003. Nesse dia, minhas mãos tremiam de tal forma, o suficiente para não conseguirem tremer só dentro de uma tecla, mas irem para as teclas do lado, mesmo forçando a que eles (meus dedos) tocassem só aquela tecla. Eu forcei, lutei, usei a força, tentei, não desisti mas... (suspiro) Não foi o suficiente, não consegui controlar o meu nervosismo nem o meu desejo de não ir para palco.
Eu quero tanto tocar piano...
Mas quero fazê-lo para mim.
Quero falar comigo,
E encontrar notas e intervalos que me digam o que fazer,
Como continuar a viver.
Quero caminhar para a frente, seguir em frente...
Mas não consigo sozinha...
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