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Confidências de uma tocadora de piano

Música de fundo: tema do filme "O Piano"

quarta-feira, outubro 27, 2004

Diferente... Diferente como?!...


Muito mudou estas últimas semanas que não escrevi no blog. Eu própria sinto-me diferente... Todo o espaço à minha volta gira inversamente...


Entristece-me estar com pessoas que conheço à muito e que falam comigo como rotina, sem se aperceberem que estou diferente... ou sem se preokuparem em me conhecer “a sério”, antes de deixarem soar algumas palavras...

Hoje, a aula de piano foi mesmo muito boa. Pouco antes da aula, a Isa tinha tocado, para mim, o Nocturno de Debussy. Acabamos por ter uma longa conversa...!
Sem alongar nada dessa conversa, quero apenas salientar que ela me disse q eu devia falar com certas pessoas e dizer-lhes directamente de como mudei, dado que, constantemente, vou ignorando muita coisa... Entretanto, quando a stora de piano chegou lá à sala e me começou a dar a aula, a Isa ficou a assistir até ao fim. A meio da aula, quando estava o início do 2ºandamento do Concerto para Piano de Haydn, a stora disse-me tão directamente:

“Estás diferente! Como cresceste tanto estas férias!! Gosto de te ouvir!...”

Fiquei (e ainda estou) espantadíssima. Nesse momento, olhei para a Isa e só com um olhar perguntei-lhe se tinha sido preciso dizer alguma coisa...!

Há pessoas tão importantes na nossa vida, que nos
fazem sorrir e que não se ficam pelas nossas palavras... o
nosso olhar é o primeiro momento de cada conversa. Assim
descobrimos as pessoas realmente importantes na nossa
vida... São as que renovam constantemente
esse olhar intruso na nossa pequena
caixinha de segredos em
forma de coração
........

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oh well, sometimes we got to let people know us, and not lock ourselfs inside maybe is not that, don´t know... but those usual conversations could end in none conversation...
well, hug Luigi

1:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Talvez ouse apenas comentar que as pessoas que na nossa vida estão ou partilham, têm, cada uma delas, quase que uma função específica em nós, no nosso crescimento, na nossa vida.

Às vezes podemo-nos surpreender com pessoas aparentemente fúteis e que, se lhe dermos tempo e as olharmos num silêncio profundo de paz elas se nos revelam encantadoras.

Todos crescemos, todos nos transformamos, todos sentimos... Todos temos sede de sermos compreendidos, de sermos escutados... todos temos necessidade de tempo, de companhia... de estar, só por estar, numa cumplicidade fraterna, seja em que espaço for...

Este é o processo do conhecer... do amar... do respeitar... do cativar...

É verdade que nem todos temos a coragem de ir ao encontro do outro, de lhe dar tempo, de lhe dar atenção...

É verdade que nem todos temos a coragem de aprender aquela linguagem do silêncio, do olhar... do coração...

É verdade que há almas que ousam voar nesses espaços quase constantemente e nos atordoam com a sua capacidade de ir ao mais profundo de nós, e, sem palavras sondarem o que sentimos, como estamos, como somos.

É verdade que essas pessoas são os faróis no mar das nossas vidas, são os nossos portos seguros onde podemos atracar... Sem dizer nada, sem querer nada, sem nada exigir, embalam-nos e acalentam-nos como num colo de mãe...

São elas de quem falas que te vêem constantemente com um novo olhar, porque elas próprias se renovam continuamente, elas próprias têm a coragem de morrer e renascer em cada dia, elas próprias têm a consciência que o presente é demasiado especial para ser desperdiçado...

A tua professora de piano é uma dessas pessoas... Fico feliz por me teres dado a oportunidade de a olhar!... Dá-lhe um abraço meu!

Outro terno, para ti...


Porque sorris?!

...spgdt!...

5:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

olá:) Bem, tu não me conheces, nem eu a ti!Eu sou de Odivelas e fazia uma busca pelo blogger de pessoas da minha zona e vi-te a ti..Fiquei surpreendida com a tua capacidade de escrita, te transmissão pela escrita, de como as tuas palavras conseguem tocar as outras pessoas, independentemente de as tocarem de igual forma que os sentimentos que as geraram te tocarm a ti...o que interessa é que elas conseguem sensibilizar...reviver durante o momento que as lemos num recanto do nosso coração emoções que estão lá mas às vezes estão escondidas. Nas tuas palavras senti coisas que já senti antes e que voltei a senti-las de novo e senti coisas que sinto agora mas

1:33 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

olá:) Bem, tu não me conheces, nem eu a ti!Eu sou de Odivelas e fazia uma busca pelo blogger de pessoas da minha zona e vi-te a ti..Fiquei surpreendida com a tua capacidade de escrita, te transmissão pela escrita, de como as tuas palavras conseguem tocar as outras pessoas, independentemente de as tocarem de igual forma que os sentimentos que as geraram te tocarm a ti...o que interessa é que elas conseguem sensibilizar...reviver durante o momento que as lemos num recanto do nosso coração emoções que estão lá mas às vezes estão escondidas. Nas tuas palavras senti coisas que já senti antes e que voltei a senti-las de novo e senti coisas que sinto agora mas que nem sempre tenho tempo para lhes dar muita atenção...
De qualquer das formas, até os comentários que aqui colocam são lindíssimos, como este aqui posto em cima. Queria só dizer que como o comentário acima refere (foi assim que o interpretei) não só essas pessoas que nos descobrem apenas com o olhar, são importantes. Todas as outras têm de facto um papel, aliás não podemos ignorar nada do que se passa à nossa volta.
Muitos beijinhos de uma desconhecida para outra desconhecida,
Ana Pena

1:37 da manhã  

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