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Confidências de uma tocadora de piano

Música de fundo: tema do filme "O Piano"

terça-feira, março 23, 2004

Frase do dia

"Quem roubou o lucro??..."

domingo, março 21, 2004

em depressão...

Nem sempre é fácil lidarmos com nós mesmos e quando se dá um descontrolo emocional versus todo o organismo, o inconsciente triunfa e o tempo e o espaço deixam de existir...

Meus braços ligados foram uma das razões pela qual não escrevia aqui à muito tempo... A ausência de forças e a permanência das dores físicas não são as mais significativas, mas o facto de ter lutado por tanto e ver que só por não conseguir escrever nem tocar piano... descaio de mim própria e fico no mais baixo nível possivel... vou perder o que lutei, tal como tantas outras batalhas que travei...

Hoje, ao almoço, perguntaram-me "Que te aconteceu? Desde quando estás assim?? Porque não me dissestes nada??? (...)". Peço desculpa... não diz mt cmg dizer a todo o mundo que não estou bem quando não estou... Não quero preocupar, afinal pode ser passageiro... na verdade, tou assim, de braços presos à impotência de não escrever nem de tocar piano, desde terça-feira, dia 16, e o que queria neste momento era poder dizer que estou bem... quando nem sequer tenho vontade de falar...

Procuro por mim... quem sou, o q quero, o que fui ou posso ser... e apercebo-me que realmente amo a música e as palavras... mas cada vez mais me vejo obrigada a afastar-me delas.........

domingo, março 14, 2004

Gestos e sons...

A felicidade é feita de pequenos momentos bons...
como as folhas de Outono que caem das árvores num dia de vento...
como as gotinhas de chuva que te tocam suavemente enquanto tu caminhas.....
ou ainda...
como quando estás com alguém de quem gostas e disfrutas a companhia e esse momento.. único...

Ass: Dupla: B&B (Bolinha e Bruxinha)

Words...
"Modernices"... "Moralidade"...

Music...
Somewhere out there... (Disney - Fievel and Tania)

quinta-feira, março 11, 2004

Mais uma vez:"...há muito tempo que não escrevo aqui..."

Hoje nem tenho tempo pa escrever, vou ter aula de piano dentro de uma hora e ainda tenho de ir rever uma sonata de Haydn e outra de Scarlatti que, pela dificuldade que tenho tido ultimamente em decorar as peças, já sei que vou chegar à aula e vou esquecer tudo o que decorei... :(

Entretanto hoje fui até à FNAC do Chiado e perdi umas horas na secção dos livros (e como sempre nem comprei nada;)), mas vi coisas que me motivaram imenso, li palavras que me consolaram e imagens que me fizeram pensar. com tudo no global fiquei a sonhar e a vontade de concretizar um desejo que tenho à muito enalteceu-se perante outras prioridades...

De últimas notícias, vou escrever uma boa, que por sinal é mesmo muito boa!... Em princípio tenho emprego garantido para o próximo ano lectivo... :) Não vou dar mais dados, no fim de semana terei mais tempo... mesmo assim, ainda não está nada confirmado, mas tudo aponta para esse facto...

Fico por aqui agora. Passei para não desmotivar a minha escrita e partilhar duas frases muito interessantes que li hoje em livros...

"Music is the silence between the notes"
Claude Debussy


e a que eu gostei mais:

"Where words fail, music speaks"
(Hans Christian Andersen)


Um abraço e té sábado......

sábado, março 06, 2004

Mudei a música de fundo...

Mudei hoje a música de fundo... Coloquei "Somewhere out there"... Vou continuar à procura de uma versão só com piano... Enquanto não a encontro, fica este arranjo...

Qual o futuro?... Onde está a recompensa do nosso trabalho??... Quando seremos felizes???...

A música exige uma entrega tão grande a nível pessoal... Ontem de manhã tive um teste surpresa de verificação de leitura às 8h30 da manhã, de um livro que ainda não li... Depois, em aulas fomos a uma conferência que durou praticamente 2h30. Stressei-me à espera duma colega minha que chegou 40 minutos atrada, fomos almoçar num instante e fomos ensaiar uma peça que íamos tocar nesse mesmo dia. Ainda deu para passar pela sala onde a minha turma estava a ter aulas (estavam a trabalhar para o jornal) para dar um material que tinha para a introdução do artigo ao meu colega de grupo e dar uma olhadela pelo meu trabalho. Pouco depois foi o lançamento de um livro de poemas lá na escola, onde um dos poemas que foi lido tinha como musica de fundo uma que eu e uma violinista tocamos... Qd acabou fui a correr para a aula de FM, a qual cheguei atrasada e foi até às 22h. Quinta-feira tb tinha sido um dia assim cansativo, entre outros. Interrogo-me se vale mesmo a pena matar-me a trabalhar... Eu ontem chorei, ri, tive triste, tive na brincadeira, tive de rastos... cada vez estou mais instável, para mais que, por muito que não teja bem, para conseguir tocar bem piano à frente do público, tenho que sorrir para agradecer toda a atenção do público. É como que um agradecimento... Não sei explicar... Há algo mais (...)...

Hoje não consigo escrever mais no blog... ando muito confusa e extremamente cansada.

Perdão...

terça-feira, março 02, 2004

Carta para quem jamais a lerá...

Teus olhos continuam expressivos... teus doces lábios, teu sorriso... não tenho palavras, procuro penetrar outra vez na foto e cada vez mais concluo que estás feliz através da tua expressividade excepcional...

Tento perceber o que sinto ao ver-te parado, a sorrir, acompanhado, no écrã do meu computador... e estranhamente não sei definir. Ódio e raiva não sinto... Mas, não consegui parar de tremer desde que me mandaste a mensagem com o endereço do site, há pouco mais de hora e meia atrás. Até fui buscar um cobertor grosso, mas não é frio que sinto, por muito que minha alma esteja gelada... Quando percebemos pela primeira vez que realmente amamos alguém de verdade, nosso coração fica coxo ao aperceber-se que ficou vazio. Costumo dizer que “a vida só tem sentido quando se dá sentido à vida” e, por muito que nos custe admitir, geralmente esse sentido é quase sempre alguém....... Por muito que digam que a minha vida é a música, sem ti, ela não passará de simples notas sem arte, sem o verdadeiro coração da música. Serei uma pessoa morta sem alma, roçando os dedos numas teclas pretas e brancas, sem saber o sentido...... (...).

Permanece para sempre com esse teu sorriso, que é lindo e único!... Eu continuarei com o meu vazio... procurarei continuar a minha vida como tenho tentado... Espero conseguir e, voltar a sorrir como tu conseguiste...

Uma última batalha...

Piscos...

Hoje cá em casa estamos de luto, hoje de manhã meu pai encontrou um dos dois piscos deitado no chão já de olhos fechados... a última vez que o vi, ontem à noite, estava todo enroladinho em bolinha no cimo do poleiro. Estavam assim os dois, mas, quando fui à varanda o outro acordou com a minha chegada mas este que eu gostava tanto nem deu conta. Ele “era” lindo... suas peninhas cor de laranja no seu peito e seu olhar ingénuo e simples. Ele veio do campo, chamava-mo-lo “o pisco do campo”, enquanto o outro que ficou agora sozinho vem da cidade (“o pisco da cidade”) e anda sempre de nariz impinado. Marcou bem seu território e mostrava-se autoritário do pisco do campo...
Meu pai adorava aquele bichinho. Eu tive pouco contacto com ele, mas era o que gostava mais dos dois e acho que, por muito estranho que pareça nós gostarmos tanto dum animal, sinto um grande carinho pelos dois, talvez mais por saber que eram os dois que faziam companhia ao meu pai quase todas as tardes... Interessante, meu pai ia para a varanda ler, descansar e tal, fechava a porta por causa da gata, soltava os bichinhos e, num abrir e, cada vez mais à vontade, eles faziam companhia ao meu pai horas a fio. Um dia, o pisco da cidade não queria ficar na gaiola! Sempre que ele ia para a gaiola e meu pai chegava à varanda, o bicho saía logo cá para fora para não o prendermos! Meu pai lá se divertiu arranjando uma engenhocazinha que, com um fio de pesca atado à porta da gaiola, fazia com que pudesse fechar a gaiola ao longe!...
O pisco do campo foi o primeiro a ir comer à mão de meu pai... Com uns bichinhos que parecem minhocas, que meu pai cria cá em casa, ele agarra-os pela cabeça e, num abrir e fechar de olhos, o pisco ia até à sua mão e agarrava a minhoquinha e comia-a sem esperar!...
Tantas vezes qe eu procuro não me aproximar demasiado das pessoas, dos animais, das recordações e memórias... mas não consigo, é um defeito que tenho, inevitável...

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